LÍNGUA PORTUGUESA 4ª SEMANA - LEONARDO TRAJANO
Secretaria
Municipal de Educação, Ciências e Tecnologia
Projeto Professores
e Alunos Conectados
EEF DALVA PONTES DA ROCHA
Componente Curricular: Língua Portuguesa
Profs: Leonardo Trajano
Objeto do conhecimento: Caracterização do campo jornalístico e relação entre
os gêneros em circulação.
Habilidades: (EF89LP03)
Analisar textos de opinião (artigos de opinião)
(9º ano)
Semana: 04 - (08/03 a 12/03)
Aluno (a):
_____________________________________________________________________
ATIVIDADE SOBRE O GÊNERO ARTIGO
DE OPINIÃO OU TEXTO DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO
SAÚDE PÚBLICA: POR ONDE COMEÇAR O TRATAMENTO?
Meu município, Remígio, está localizado no brejo paraibano. É uma
cidadezinha interiorana calma e considerada uma cidade-pólo, tendo em vista sua
ótima localização, que dá acesso a vários outros municípios. Entretanto, um
grave problema maltrata os remigenses há mais de 10 anos: a falta de um
hospital público. Os “vários” pequenos postos de atendimento da família (PSF)
só nos servem para vacinação e receitas de remédios; em casos mais graves,
somos obrigados a nos humilharmos em hospitais das cidades circunvizinhas.
O caos da saúde pública do nosso país parece-nos até muito normal. Vemos
qualquer notícia de pessoas morrendo em corredores dos hospitais públicos ora
por falta de atendimento, ora por falta de remédios. Desde que o Brasil é
Brasil que as pessoas sofrem com esse problema. Dinheiro para investir nisso
nós sabemos que há. Os estádios que estão sendo construídos para a Copa de 2014
comprovam isso. O que falta é uma tonelada de vergonha na cara, interesse,
comprometimento e planejamento daqueles que são responsáveis por administrar o
dinheiro público dos nossos impostos. A corrupção e o péssimo eleitorado
brasileiro são em quem nós devemos por a culpa.
Minha cidade apesar de muito conhecida no estado por ser uma
cidade-pólo, por suas festas de vaquejadas e emancipação política, sofre com
essa crueldade. Há anos que esse município não sabe o que é ter um filho
originalmente nascido na sua terra. Quantos idosos e crianças já adoeceram nas
madrugadas e foram obrigados a negociar com a sorte, pedindo um pouco mais de
calma enquanto chegassem a algum hospital em Campina Grande (36 km - 40 minutos
de viagem)? Porém, em épocas de campanha política a saúde pública é um dos
projetos mais prometidos pelos atônitos candidatos. O interessante é que o
tempo que faz que não nasce uma criança em Remígio é o mesmo em que o povo vive
iludido numa esperança utópica da nossa situação mudar.
A culpa disso na maior parte sabemos que é nossa mesmo. O povo deve ter
o político que merece. Nós eleitores ainda estamos anos luzes de distância de
saber escolher os candidatos dignos e honestos para nos representarmos. Na
maioria das vezes, vê-se tanto eleitores quanto candidatos em busca de
interesses particulares e não no bem comum. Os políticos fazem uma
“promessinha” de emprego para um aqui; uma “carradinha” de tijolos para outro
ali; pagam umas contas de água e luz para outro acolá; e esses mesmos
beneficiados de um dia, sofrem por décadas afins, pois a politicagem é
hereditária.
Enfim, discutir problemas públicos não tem como fugir de política.
Segundo nossa Constituição Federal saúde é um direito que deve ser garantido
para a população. O problema é que faltou concordar isso com as pessoas que
escolhemos como responsáveis. O Brasil precisa de gente honesta. O povo precisa
de uma (re) educação eleitoral. Quem mais sofre com isso é meu município, meu
Brasil.
ATIVIDADE EM SALA
1. Sobre o texto acima, responda:
a) Que gênero textual é esse que
acabamos de ler?
b) Para que serve um texto como
esse?
c) Onde encontramos textos assim?
d) Qual o tema tratado nesse
texto?
e) Você achou esse título
subjetivo ou objetivo?
f) Que outro
título você daria a esse texto?
g) Como o autor fez a introdução
do seu texto?
h) Qual é a opinião do autor sobre
esse tema?
i) Por que
ele diz que dinheiro para investir na saúde há?
j) Quais são os dois problemas da má
saúde pública no Brasil apontado pelo autor no fim do segundo parágrafo?
k) O autor cita um exemplo que
acontece na cidade dele. Que exemplo é este? Devemos citar exemplos em artigos
de opinião? Por que?
l) De quem é
a culpa pelo descaso com a saúde no Brasil?
m) O que, na maioria das vezes, tanto
eleitores quanto candidatos em buscam em época de eleições?
n) Qual a estratégia usada pelo
autor para concluir seu texto?
2- Do ponto de vista da temática,
pode inferir que o objetivo da charge acima é:
a) Mostrar que os hospitais
públicos consomem muitos papéis por dia.
b) Discutir a diferença entre o
sistema público de saúde e os particulares.
c) Incentivar as pessoas, com
problemas de saúde, a doarem materiais para os hospitais públicos.
d) Informar sobre a ausência de
papel nos hospitais públicos.
e) Criticar o sistema público de
saúde.
3- Coloque V ou F, conforme sejam verdadeiras ou falsas as proposições
relativas ao contexto da charge:
( )
A charge não condiz com o contexto social atual de nosso país, uma vez que
evidencia problemas no sistema público de saúde.
( ) O enunciado “O hospital
está sem papel” evidencia um dos casos de imoralidade da saúde pública do
Brasil.
( ) O efeito humorístico da
charge é realçado pela expressão “Vou escrever a receita na sua mão” e a
imagem como um todo.
A sequência correta é:
a) F V V
b) F F F
c) V V V
d) V F V
e) F F V
Leia o
texto:
Basquete à
meia noite
Os americanos decidiram usar a bola na guerra contra a violência juvenil.
Batizada de “Basquete à Meia-Noite”, a experiência é uma das responsáveis por
inesperada informação transmitida pelo Ministério da Justiça. Pela primeira
vez, em 10 anos, a criminalidade juvenil interrompeu sua veloz curva ascendente
e caiu 5%. Os especialistas atribuem parte da explicação da queda a uma série
de projetos educacionais lançados nos bairros contaminados pela violência.
Entre eles, o basquete noturno. O basquete é apenas uma isca. Para atrair as
gangues, são feitos campeonatos pela madrugada, acompanhados por animadas
torcidas – justamente o horário em que eles costumam se esmurrar, esfaquear ou
disparar tiros. Mas, para participar do campeonato, o jogador deve se submeter
a programas de treinamento profissional e aprender com psicólogos como resolver
conflitos civilizadamente.
Por ter algumas das melhores faculdades do mundo e, ao mesmo tempo, ser cenário
de guerras de gangues, Nova York virou um laboratório educacional contra a
violência. Eles apostam na idéia de que a violência é um comportamento que se
aprende; logo, cabe aos educadores inverter esse aprendizado por meio de artes,
esportes, salas de aula ou treinamento profissional.
(Gilberto
Dimenstein, Aprendiz do futuro, Ática, p.77, Série Discussão
Aberta)
4 -
Considere as afirmações em torno do tema e do plano de organização do texto:
I- O título deste texto é bem subjetivo, pois faz o leitor acreditar que o
texto irá discorrer apenas sobre basquete, mas na leitura o leitor se
surpreende.
II- A ideia central deste texto é o combate a violência juvenil na cidade de
Nova Iorque, por meio de educação esportiva.
III- No segundo parágrafo do texto, tem-se a conclusão do mesmo, em que o
autor retoma a ideia principal do texto para encerrá-lo.
Estão
corretas as afirmações:
a) I e
III.
b) II e
III.
c) Todas.
d)
nenhuma.
e) I
apenas.
5- NÃO é característica do artigo
de opinião:
a) Linguagem culta.
b) Título subjetivo.
c) Utilização de argumentos.
d) O autor não se posiciona
criticamente.
e) Reflete sobre temas atuais.
6- NÃO faz parte da estruturação
de um artigo de opinião:
a) Contextualização do tema
abordado.
b) Deixar claro a posição
defendida do autor.
c) Utilizar argumentos de
autoridade.
d) Na conclusão, apontar uma
sugestão.
e) Utilizar exemplos, dados
estatísticos sem apresentar a fonte de onde foram retirados.
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